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CABEÇA DE JUDEU

Idéias,livros,histórias,personagens e religião. O Judaísmo como Civilização.

sexta-feira, outubro 30, 2009

O NOVO ANTI-SEMITISMO

Uma breve compilação sobre o anti-semitismo por alguns intelectuais da atualidade.

Philip Roth (escritor americano em entrevista ao Globo On-Line 2005):
Acha parecido o anti-semitismo dos anos 30 com o sentimento contra os islâmicos nos EUA dos dias de hoje?

ROTH: Não, de jeito nenhum. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. O anti-semitismo nos anos 30 foi um fenômeno ocidental, centrado na Alemanha. Foi um fenômeno europeu e também americano. Na Europa, sabemos que nos levou para uma incrível catástrofe humana. Nos Estados Unidos, o anti-semitismo foi institucionalizado, levou à expulsão de judeus das universidades, dos empregos, das casas. A Segunda Guerra reduziu muito este tipo de discriminação, o Senado aprovou uma lei proibindo, entre outras coisas, a discriminação de judeus na hora de contratar pessoas para trabalhar. Atualmente não existe mais esse problema, a não ser em bolsões sociais. Não existe mais de maneira institucionalizada. Al Gore, quando foi candidato a presidente, tinha na chapa um vice que era judeu. Bill Clinton era rodeado de judeus. Mas nos anos 30 existia um grande problema. Eu era um garoto e vivi isso intensamente.

Mas o senhor compara o sentimento daquela época contra os judeus com o antiislamismo atual?

ROTH: Não existe comparação. Muitos dos islâmicos são anti-semitas. Eu não sei se existe um sentimento contra os islâmicos, existe um sentimento contra os islâmicos radicais, especialmente os muçulmanos politizados. Claro que existe um sentimento contra países que têm ditadores e exportam o terror, uma rejeição aos governos e às organizações terroristas desses países. Mas os judeus não têm nenhuma organização terrorista e não têm ditadores em sete, oito ou dez países no Oriente Médio. Não existe comparação entre as duas coisas. "

Luther King Jr (Pastor e líder de direitos civis americano,Prêmio Nobel da Paz,1964,assassinado em 1968 por radical racista)
"
" O anti-semitismo, o ódio do povo judeu, foi e permanece um borrão na alma da humanidade. (...) O anti-Sionista é inerentemente anti-semita, e sempre será assim. Por que isto? Você sabe que o sionismo não é nada menos do que o sonho e ideal do povo judeu de retornar para viver em sua própria terra. (... ) E que é o anti-Sionismo? É a negação ao povo judeu dos direitos fundamentais que nós reivindicamos também para os povos de África e livremente a todas nações restantes do globo. É discriminação contra os judeus, meu amigo, porque são judeus. De modo rápido, é anti-semitismo. (...) O Anti-semita exulta em toda oportunidade de exalar sua malícia. Os tempos fizeram impopular, no ocidente, proclamar abertamente ódio aos judeus. Neste caso, o anti-semita deve constantemente procurar novas fóruns e formas para seu veneno. (...) Não odeia os judeus, ele é apenas ' anti-Sionista ! "
Texto na íntegra no original

Bernard Henry-Levy (Filosófo Francês) no períodico digital New York News & Features em 2008
" O Anti-semitismo, para passar sob o radar, para tornar-se outra vez undetectável para estar em uma posição a operar-se sem ser acusado de ser anti-semitismo, suga de três fontes: Anti-Sionismo, a negação do holocausto, e competição da vítima. Deve articular o seguinte discurso: “Os judeus são um povo detestável que, primeiro, inventam e exageram seu próprio martírio” - que é negação do holocausto; em segundo lugar, “ escondem portanto , ao fazer assim, o martírio das outras pessoas ” - que é competição da vítima; e, terceiro, “realizaram este crime porque são obcecados com a defesa de um estado do assassino” - que é anti-Sionismo."
Caio Blinder ( jornalista Brasileiro )

" O anti-semitismo é uma expressão (e concretização) clássica de intolerância, preconceito e desumanização. O Holocausto foi o resultado extremo do anti-semitismo e, ironicamente, a negação (ou minimização) do genocídio do povo judeu é uma expressão da intolerância, preconceito e desumanização. Mais recentemente, irrompeu um novo anti-semitismo no qual não se nega o Holocausto, mas equipara os judeus a seus algozes nazistas em função da ocupação de territórios e do conflito de Israel com os palestinos. Nesta narrativa, Gaza é uma nova versão do Gueto de Varsóvia. Os palestinos são os novos judeus e os judeus são os velhos nazistas. Críticas às políticas de Israel obviamente não implicam automaticamente em anti-semitismo, mas o anti-semita mais moderno se esconde atrás dos seus ataques a Israel para justificar o preconceito e a intolerância. Críticas a Israel ou ao sionismo de comunidades judaicas na Diáspora (no debate sobre dupla lealdade) são especialmente rancorosas e intolerantes. Críticos removem a legitimidade do Estado de Israel (e por extensão do povo judeu) quando o equiparam à Alemanha nazista. A equivalência é falsa, serve na verdade para legitimizar o novo anti-semitismo, trivializa o Holocausto e confunde ainda mais a complexa questão palestina."

Alan Dersowitz ( jurista e escrito americano)
" É interessante como rapidamente os irracionais -- Judeus e não-judeus,igualmente -- rastejamento para fora de suas rochas sempre que Israel for mencionado. O o mais novo dogmatismo é apontar que eu e outros que apoiamos Israel rotulamos " qualquer um que critica Israel é um anti-Semita." Esta é uma mentira deslavada. Eu critico sempre políticas israelenses específicas, líderes e ações israelenses. A maioria de israelenses criticam políticas específicas. Israel está entre os países mais auto-críticos no mundo. Diversos anos há, eu ofereci uma grande concessão monetária (pagável também a OLP) para qualquer que provasse com citações de qualquer escritor proeminente pro-Israelense ,igualando a mera desaprovação de Israel com o anti-semitismo. Ninguém veio coletar a recompensa, porque nenhuma pessoa respeitável fez nunca esta reivindicação absurda. "

Saperstein ( representante do Movimento Judaico reformista e membro da Coalition to Preserve Religious Liberty )

" Negar direitos a existir de Israel como um estado judaico é anti-semita; ser crítico da política israelense não é. O judaísmo não é apenas uma religião. Como as civilizações antigas entre as quais surgiu , teve uma expressão religiosa, cultural, étnica e nacional. A identidade nacional (sionismo)tem se , após passados três milênio , ligado com a terra de Israel. Nenhum outro pessoa antes do século 19 percebeu a terra que nós conhecemos como Israel para ser sua nação distinta, mas por 3.000 anos os judeus viveram continuamente lá - e o muitos que foram negados a direita viver lá ,sonharam diariamente, rezaram e se esforçam para um dia serem permitidos retornar. De várias maneiras, esta era uma das campanhas de libertação nacional, das mais magníficas em toda a história da humanidade.
Uma expressão central do racismo é a afirmação que um grupo é inerentemente inferior a outro. Os direitos concedidos rotineiramente a um são negadas ao outro unicamente por causa da identidade. No caso dos judeus, é sua identidade como um grupo nacional que é negado por alguns - e isto é, simplesmente, um exemplo do racismo contra os judeus. O termo dado a tal racismo anti-Judaico é “anti-semitismo” (daqui o vazio da afirmação que os árabes a não podem ser anti-semitas porque são Semitas.) "
Postado por Rogério Palmeira às 11:13 AM Nenhum comentário:
Marcadores: Anti-semitismo

quarta-feira, outubro 28, 2009

RELATÒRIO GOLDSTONE



Postado por Rogério Palmeira às 11:35 AM Nenhum comentário:
Marcadores: Israel em Guerra

terça-feira, outubro 20, 2009

CONDENAÇÂO DE ISRAEL

Em mais uma dos Fora da ONU, Israel é condenado na ação militar na faixa de Gaza. Contrariando todas as evidências de que a ação foi uma reação de defesa,pois Israel vinha atacada pelos terroristas do Hamas diariamente, o relatório do Sul-Africano Richard Goldstone,acusa Israel de 'Castigo coletivo' . afirmando que Israel conduziu um "uso da força desproporcional" e impôs um castigo coletivo aos habitantes de Gaza. Onde está a desproporcionalidade ? Esqueceram dos inúmeros esforços de paz nas últimas décadas ?
Não somos favoráveis a guerra,sempre todos perdem. Mas na prática depois da guerra no Líbano em 2006,o Hizbolah não dispara foguetes na "terrinha" e após a ofensiva em janeiro,os ataques praticamente cessaram. Sem falar na Cisjordênia onde ações intensas levaram a redução quase-total de ataques. Lembremos que o estado de Israel tem a reponsabilidade de defender sua população civil. Ou só vale pensarmos em ataques terroristas quando os atingidos são americanos e europeus ?
Postado por Rogério Palmeira às 10:40 AM Nenhum comentário:
Marcadores: Israel em Guerra

TENDENCIOSIDADE OU IGNORÂNCIA

Abaixo reproduzo nota da Embaixada de Israel.

TENDENCIOSO OU IGNORÂNCIA?

Prezados,

Foi publicada hoje, 20 de outubro de 2009, no jornal Correio Braziliense, uma “notícia” que ocorreu há cinco dias sobre a visita da atriz Mia Farrow (foto abaixo) à Faixa de Gaza.

A nota, titulada de “Faixa de Gaza”, faz referência à visita da atriz e ao sofrimento das crianças na Faixa de Gaza, a destruição das cidades etc. Mas é observem bem a foto. A maioria das pessoas ao verem esta notícia no Brasil não irá saber que a pessoa na foto ao lado de Mia Farrow é o Ministro da Previdência e Assistência Social de Israel, Isaac Herzog, mostrando à visitante um “acervo” de mísseis Kassam, recolhidos por Israel, que caíram em cidades israelenses causando morte e sofrimento aos cidadãos. Obviamente, isto não foi mencionado na nota.

Este é mais um exemplo pequeno dos desafios que encontramos aqui em se tratando de imprensa.

N.B.: A foto foi tirada no dia 15 e outubro de 2009 e não no dia 05 de outubro, como publicado. Porém, isso deve ter sido erro de digitação.

Atenciosamente,

Raphael Singer

Conselheiro

Embaixada de Israel

SES Av. das Nações Qd. 809 Lote 38

Tel: (61) 21050500 / 21050507 / 21050529

Fax: (61) 21050555

http://brasilia.mfa.gov.il





Postado por Rogério Palmeira às 10:20 AM Nenhum comentário:
Marcadores: Anti-semitismo
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Quem sou eu

Rogério Palmeira
Salvador, Brazil
Sou médico,atuando nas áreas de Medicina Interna e Neurologia; pós-graduação em neuropsicologia. Fui professor substituto da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia,nas disciplina de Propedêutica Clínica Médica. Sou casado com Mari ,tenho 05 filhas!Ufa!.Meus Interesses são judaísmo, pensamento e ética judaica.Além,é claro,de cinema,literatura,etc,etc
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