Mais uma vez,os fatos são distorcidos para alimentar o velho anti- semitismo,oculto agora com a nova capa do anti-sionismo ou anti-israelismo. A revista semanal VEJA,estampa na capa de sua edição de 07 de janeiro de 2009,uma foto de uma criança palestina morta com o comentário de que entre as vítimas há inocentes e culpados.No texto da reportagem realça que a ação de Israel pode ter até uma possível razão,mas definitivamente é uma reação exagerada. Depois comenta que até no “ cálculo “ israelense para a ofensiva entra a intenção de boicotar as intenções de Barack Obama de tentar estabelecer a paz no Oriente Médio. Mais tolice ainda quando comenta que as raízes do conflito residem na criação do Estado em 1948, “ na esteira do Holocausto”. E bláblábá! Que é injusto comparar os ataques do Hamas “ com poucas vítimas” com a ofensiva israelense,que “ ataque a cidades sempre traz consequências sobre civis”, que Israel utiliza uma “ lógica tribal “ para justificar auto-defesa,esquecendo que as cidades israelenses estão sempre sob ataque.
Vejamos então: Lamentamos as crianças e inocentes mortos ou feridos,desejamos a Paz,por isso apoiamos ( como a maiorias absoluta dos judeus israelenses e da diáspora bem como os não-judeus amigos de Israel ) a saída da Faixa de Gaza, em 2005. Há 03 anos e meio. Não houve redução da violência,nem contra Israel ou contra a população civil. Paradoxalmente o grupo terrorista Hamas sobe oa poder legitimado pelos votos. Ocorre que não deixaram de usar crianças e mulheres,idosos ou doentes como escudo humano. Alan Dershowitz, renomado jurista americano, defende que a luz do direito internacional a ofensiva não apenas é legal,quanto é defensável e sem exageros. Apoiado inclusive no artigo 51 das Nações Unidas que declara que qualquer nação se atacada tem o direito a auto-defesa.
Seria até engraçado se não fosse trágico,constatar tanta ignorância sobre uma dos mais profundos e duradouros conflitos modernos. E pior vindo de quem deveria nos informar e não deformar os fatos. VEJA ignora ( ou finge que o faz ) que ao contrário do que o texto diz, a criação do Estado de Israel,não impediu a criação do estado palestino,na realidade na mesma resolução da ONU ambos os estados foram criados,mas os árabes não aceitaram a divisão da então Palestina em 02 estados. Não informa que os judeus não chegaram lá “ depois de 2 mil anos”, como o texto sugere,mas que na realidade sempre houve uma concentração de judeus na chamada Palestina ( nome dados pelos Romanos) com exceção de Jerusalém onde foram proibidos até o século VII ,quando esta passou ao domínio islâmico. Ou que este influxo aumentou com o domínio Otomano no século 15 e aumentou consideravelmente no final do século 18 e século 19. Os judeus não chegavam e expulsavam os árabes ( estes só chegaram lá pelo século 7 ) mas compravam as terras.Judeus fugindo de intolerância de cruzados,bispos fanáticos ,inquisição,autos-da-fé,pogroms e massacres do gênero, sempre buscaram a Terra de Israel. Mas Compravam. Saliento que na grande migração sionista do século 19,Barões judeus europeus compraram grandes assentamentos,iniciando o renascimento da nação judaica,pois passaram a cultivar a terra,irrigá-la,fundaram escolas,universidades,cidades renasceram ou foram criadas ou cresceram onde antes só haviam pedras e areia. Os palestinos ( "vítimas da superioridade Israelense" segundo VEJA) não desejaram estabelecer seu estado. Claro,sempre manipulados por obscurantistas líderes religiosos ou políticos,interessados em manter os valores democráticos de igualdade,liberdade e justiça longe destas paragens. Como nos outros países da
região.
Embora na integralidade a terra devesse ser dada os povo judeu , a ONU cedeu 53% do território ,destes 80% de terras desérticas Mas existiam outras questões mais antigas. Quantos de nós fomos informados que O Mufti de Jerusalém Haj Muhammed Amin al-Husseini ( líder religioso islâmico ) fez um acordo com Hitler ? Ou que o Hizbolah massacrou e massacra os cristãos do Líbano ou seus oponentes mesmo que fossem muçulman0s?Ora! Isto é não é importante,afinal não atingiu cristãos americanos ou europeus. Que ambos os grupos defendem táticas de terror Ou que o Hizbolah massacra permanentemente os cristãos do Líbano ? Que intelectuais alinhados com os princípios de democracia e liberdade ,não conseguem sobreviver nestes regimes ? Ou que o Hizbolah massacrou os cristãos do Líbano ? Identificar o início da crise com a guerra dos seis dias é no minímo cinismo. Ou ignorância. A propósito numa tentativa de relembrá-la VEJA denomina o atual conflito como a “ Guerra dos 04 dias”. Já dura 10 dias.
A mesma VEJA,criticava ferozmente o Terrorismo após os ataques em 11 de setembro. Igualmente com os atentados em Londres e Madri. Corretíssima . Estranhamente não comenta no seu texto que cidades israelenses vivem sob constante ataques terroristas há anos. Nem condena tais ataques. O Hamas,que é considerado pelas União Européia,ONU e vários governos e representações internacionais é denominado na reportagem ,como uma “organização de inspiração religiosa”. Todo mundo civilizado conhece : HAMAS é TERRORISTA. Propõe o extermínio da única nação democrática em todo o Orienta Médio. Democracia estável há 60 anos,mesmo com as guerras.
Os palestinos,como a maior parte dos muçulmanos em seus livros escolares são ensinados que existe “ Palestina". Nos mapas não há referência a Israel. Mas VEJA prefere enxergar nos dois lados uma lógica tribal. Sugere que para paz a parte árabe de Jerusalém deve ser “devolvida”,mas em uma reportagem da revista superinteressante do mesmo grupo editorial,cuja matéria de capa era sobre Jerusalém,afirma que os próprios moradores árabes são contra a tal “ devolução”,poiis preferem ser administrados por Israel. Acho que lá na Editora Abril,cada qual só enxerga seu umbido e não valoriza o trabalho dos colegas ou teriam lida a matéria da superinteressante ,pelo menos antes de escrever sobre o assunto.
Não há referências também ao fato de que antes da Guerra dos Seis Dias a Faixa de Gaza estava sobre controle egípcio e o Cisjordânia sobre controle sírio e jordaniano e não houve levantes contra estes. Ou que a guerra foi desencadeado pelo ataque destes mesmos países a Israel. Ou nos explica que antes da partilha da Palestina ,toda a área estava sobre controel Britânico e antes disso era província do Império Otomano.
Quanto a mentalidade “tribal “ que VEJA enxerga no apoio da sociedade israelense … Será que veja consegue citar um único caso de julgamento justo em qualquer um dos países
comprometidos com a causa palestina. OU mesmo um registro de imprensa livre. Recentemente uma corte saudita negou divórcio ou anulação de casamento de uma menina de 12 anos com um marido mais de 50 anos mais velho. Que exemplo de civilização!
Será que a mesma indignação mostrada com fotos de vítimas “ inocentes” palestinas,quando existem vítimas constantes nos últimos anos feitas pelos mesmos extremistas fanáticos ? Será que crianças palestinas são mesmo protegidas por estes piedosos aliados dos palestinos ? Sentimos pelas crianças palestinas e islâmicas em geral,submentidas a uma incessante lavagem cerebral,com o objetivo de insuflar intolerância.
Será que VEJA informa a seus leitores que um dos itens da educação nestes grupos incluem insuflar o ódio aos judeus e ocidentais em geral ( pois são aliados do grande Satã que são os EUA) ? Que ensinam as crianças e jovens que com o terror suicida conseguirão mais de 70 “ belas virgens de seios túrgidos” no paraíso islâmico ? E ainda suas famílias ganharão Honra e alguns milhares de dólares!
Neste final de semana a polícia belga desbaratou um plano terrorista que pretendia matar seis intelectuais judeus de língua francesa, entre os quais o filosófo francês Bernard-Henry Levy. Levy esteve em Salvador em março de 2008 na Conferência Fronteiras do Pensamento. Adivinhem os responsáveis? Que pensou “ radicais islâmicos” como a VEJA prefere
chamá-los acertou. Eu teria pensado “ terrorista islâmico” e teria errado…
Publiquei no Cabeça de Judeu um artigo de um médico muçulmano,condenando estes terroristas e comentando o mal que fazem ao avanço do povo islâmico. o ator muçulmano egípcio Idel Aman Pena que opiniões como esta são sempre raras entre os islâmicos. Talvez pelo medo. Lembremos que por coisas deste tipo o cineasta holandês Van Gogh foi executado na Holanda por Um “radical islâmico” e Salman Rushdie viveu anos escondido. Rezo pela segurança destes ue pensam na paz.
VEJA admite que o HAMAS utiliza civis como escudo humano e não reflete que por isso o número de vítimas civis é tão alto. Se em Israel o cidadão fosse utilizado como escudo as vítimas já seriam milhares . Os terroristas do Hamas,segundo VEJA informa, massacraram mais de 100 membros da Fatah,destruiram delegacias e prédios públicos na faixa de Gaza,para assumir integralmente o controle da mesma . Agora segundo a inteligência israelense se escondem em hospitais,utilizam mesquitas como depósitos de armas e por aí vai. Mas VEJA considera aceitável que os israelenses vivam em permanente terror. Aceitável terem 15 segundos para correr para algum abrigo antiaéreo ! Senhores vidas são vidas!
Será que se S. Paulo, onde vivem os ilustres editores de VEJA, fosse atacada diariamente por mísseis ( a média antes da ofensiva chegava até a 200 por semana ) ou atentados a boates, ônibus,supermercados ,lojas,shopping-centers que passassem a explodir do nada,VEJA teria a mesma opinião? Que ataques diários são aceitáveis com poucas vítimas .É fácil criticar Israel do conforto de uma visão estreita e curta de milhares de quilômetros de distância.
" Podemos perdoar os árabes por matar nossos filhos. Mas não podemos perdoá-los por nos forçar a matar seus filhos" Golda Meir
" Teremos paz com os árabes quando eles amarem seus filhos mais que nos odeiam" Golda Meir.
Fotos: deolhonamidia.org.br
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